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24 de Abril de 2024

Michel Temer será primeiro presidente desde a Ditadura Militar a não escolher mulheres para ministérios

FHC: 4 ministras; Lula: 11 ministras; Dilma: 16 ministras; Temer: ...

Publicado por Camila Vaz
há 8 anos

Michel Temer ser primeiro presidente desde a Ditadura Militar a no escolher mulheres para ministrios

O presidente interino, Michel Temer, prometeu anunciar seu ministério nesta quinta-feira. Se confirmar os nomes especulados, Temer começa o seu governo quebrando um recorde nada positivo. Ele será o primeiro presidente desde o governo Ernesto Geisel (1974-1979) a não contar com mulheres ministras.

Durante as últimas semanas, enquanto aguardava a votação do pedido deafastamento da presidente Dilma Rousseff, Temer chegou a cogitar algumas mulheres na formação da sua equipe. Para a Controladoria-Geral da União, a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie chegou a ser convocada, mas ela negou o convite.

Com a aproximação do PSDB do governo Temer, Mara Gabrili chegou a ser cogitada para a pasta de Direitos Humanos. O nome, comemorado por especialistas, não foi para frente. Renata Abreu (PTN) foi a próxima da lista e teve o mesmo destino.

Segundo a Folha, pessoas próximas do novo presidente dizem que ele não demonstra restrições para mulheres nos ministérios e que, inclusive, Temer não desistiu de abrigar em uma pasta de destaque.

"É e será uma preocupação dele. Temer está muito atento a esta questão", disse o consultor político Gaudêncio Torquato, em entrevista à Folha.

Desde o governo João Figueiredo (1979-85), o Brasil contava com uma ministra mulher. Esther de Figueiredo foi a primeira delas, comandando a pasta de Educação.

Os governos petistas foram os que mais deram espaço para o gênero feminino. ComLula (2003 a 2011), foram 11 mulheres.

Quando tomou posse em 2011, Dilma tomou uma oposição oposta a de Temer: deu posse a 10 mulheres ministras de 39 integrantes no total. Além de ter sido a primeira mulher a se tornar presidente da República, nomeou Gleisi Hoffman como ministra da Casa Civil; Miriam Belchior na pasta de Planejamento; Graça Foster como presidente da Petrobras; Ideli Salvatti nas pastas da Pesca, Relações Institucionais e, posteriormente, em Direitos Humanos; Helena Chagas na Secretaria de Comunicação; Tereza Campello em Desenvolvimento Social; Izabella Teixeira em Meio Ambiente; Luiza Bairros na Secretaria da Igualdade Racial; Marta Suplicy, ex-PT, como ministra da Cultura e Maria do Rosário como ministra dos Direitos Humanos.

Neste segundo mandato, o número foi reduzido: apenas seis assumiram o cargo em 2015.

No primeiro mandato, Fernando Henrique Cardoso (1995-1998) entregou apenas o Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo para uma mulher:Dorothéa Werneck. No segundo mandato (1999-2002) foram três ministras em sua equipe: Anadyr de Mendonça Rodrigues (Controladoria-Geral da União), Cláudia Maria Costin (Secretaria de Estado de Administração e do Patrimônio) eWanda Engel Aduan (Secretaria de Estado de Assistência Social).

Quando Itamar Franco (1992-1994), a única mulher a assumir de fato uma pasta foi Luiza Erundina, que comandou a Secretaria de Administração Federal por 5 meses após a saída de Osiris de Azevedo. Já Fernando Collor (1990-1992) escolheu 2 mulheres. No Ministério da Ação Social assumiu Margarida Maia Procópio, enquanto no Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento esteve Zélia Cardoso de Mello.

Mas foi nos cinco anos de governo de José Sarney (1985-1990) que as mulheres tiveram a mais baixa representação. Apenas Dorothéa Fonseca atuou como interina no Ministério do Trabalho.

Fonte: brasilpost

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39 Comentários

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Parabéns Dra. Camila Vaz!

Ótimo artigo! Muito oportuno e bem observado!

Mas acredito que tenha sido uma infeliz e triste coincidência.
E considerando como estava, melhor assim.
Sem mulheres sim, mas pelos menos, ao que nos parece ou quer parecer,
estamos com pessoas sérias!
A questão feminina resolvemos depois. continuar lendo

Pessoas sérias? Infeliz é sua colocação, são 7 citados em documentos da lava-jato, inclusive o próprio presidente interino. continuar lendo

Concordo com você Bernadete,

A questão celular agora é restabelecer primeiramente a economia do país, retomando o crescimento do emprego e da renda. No que tange à lava jato e seus investigados/denunciados, deixemos para os órgãos estatais envolvidos (PF/ MPF/ Justiça Federal), que com certeza ainda possuem muito trabalho a fazer - e farão, para que o Brasil possa avançar.

Se nesse governo interino temos sete citados na lava jato, quantos citados haviam no governo Dilma? Praticamente toda a cúpula administrativa e parlamentar do PT estava envolvida no maior escândalo de corrupção do planeta - o petrolão - isso porque havíamos enganado pensando que o maior fosse o mensalão.

Sobre a questão das mulheres no ministério, caso o problema seja resolvido ou amenizado, qual é o problema? Queremos é uma resposta objetiva, ficando para segundo plano questões machistas ou feministas. Mas acho que agora os ataques ao governo Temer serão nessa linha mesmo, taxando-o de conservador, fascista, preconceituoso, etc, etc, vitimismo exacerbado. continuar lendo

Só gostaria de lembrar que a ex-ministra do STF, Ellen Gracie, foi convidada, segundo a imprensa noticiou, para o Ministério da Justiça e recusou o convite. Não basta, simplesmente para agradar o patrulhamento sexista de plantão, nomear mulheres. É necessário que, independentemente do sexo, seja competente, tenha um histórico abonador e, sobretudo, tenha espírito e vontade públicas de servir. continuar lendo

E o que os (as) sexistas esquecem é que nossa sociedade é multicultural ... questionaram o ministro da ciência e tecnologia por ser evangélico ... não vemos deficientes físicos ... não vemos judeus ou muçulmanos ... enfim, esquecem, convenientemente, que não se trata só de sexo.

É impossível representar a todos no Brasil e o órgão sexual não deve ser a razão da escolha ... tão óbvio, mas aqui é Brasil e sem mimimi nada sobrexiste.

Até esboçaram reclamar por não ter negros, mas a questão sexista logo abafou isso. continuar lendo

Sem querer defender ninguém aqui.
Que diferença faz se é homem ou mulher quando a pessoa é eficiente? Também não tem índio... também não tem jovem... também não tem nenhum descendente de japonês... não tem anão... não tem transsexual...
Chega de vitimismo. Chega de coitadismo. O Brasil precisa de políticos probos, honestos e eficientes, o resto é resto e não interessa. continuar lendo

Não concordo com o título, escolher ele escolheu três, mas uma não aceitou e outras duas não se sabe ao certo porque não aceitaram. continuar lendo

Verdade, homem ou mulher o importante é que seja capacitado (a).Não pode é como fizeram outros presidentes, Color com Zélia Cardoso de Melo, Dilma com Gleise,Erenice,Mirian Belchior, Graça Foster, todas sem nenhuma qualificação para os cargos.Mas ainda haverá tempo para Temer nomear mulheres em seu ministério. continuar lendo