Busca sem resultado
jusbrasil.com.br
19 de Abril de 2024

“As Mulheres e o Cárcere”: torturas cometidas contra presas no sistema prisional do Brasil

No sistema prisional brasileiro, que já conta com mais de 600 mil pessoas, a tortura se reinventa e amplia suas técnicas. Se dentro das prisões ela é multifacetada, na lógica do Estado Penal a tortura extrapola os muros das cadeias, iniciando-se na abordagem policial das pessoas pobres e se estendendo às famílias das pessoas presas.

Publicado por Camila Vaz
há 8 anos

As Mulheres e o Crcere torturas cometidas contra presas no sistema prisional do Brasil

A tortura não é exceção, mas instrumento inerente ao sistema carcerário. As precaríssimas condições das prisões, onde viceja toda a ordem de violação da integridade e da dignidade humana, são em si mesmas torturadoras. O encarceramento massivo das camadas mais pobres da população, que é o mesmo povo periférico que sempre viu negado seus direitos e acesso aos programas sociais, se apresenta como uma política torturadora dos marginalizados.

No sistema prisional brasileiro, que já conta com mais de 600 mil pessoas, a tortura se reinventa e amplia suas técnicas. Se dentro das prisões ela é multifacetada, na lógica do Estado Penal a tortura extrapola os muros das cadeias, iniciando-se na abordagem policial das pessoas pobres e se estendendo às famílias das pessoas presas através, por exemplo, da infame revista vexatória.

Veja o vídeo “As Mulheres e o Cárcere”:

http://www.youtube.com/embed/cTSgBhSU-dI

Para denunciar esse bárbarie, a Pastoral Carcerária apresenta o minidocumentário “As Mulheres e o Cárcere”. Em setembro de 2015, foi lançada a parte 1, intitulada “A Tortura como Política de Estado”, uma abordagem sobre as novas roupagens da tortura dentro do sistema carcerário.

Queremos que esse material seja mais um instrumento na luta contra o encarceramento em massa, e que contribua para traçarmos o caminho para a construção do tão almejado “mundo sem cárceres”.

Fonte: Ponte. Org

  • Publicações375
  • Seguidores4386
Detalhes da publicação
  • Tipo do documentoNotícia
  • Visualizações5246
De onde vêm as informações do Jusbrasil?
Este conteúdo foi produzido e/ou disponibilizado por pessoas da Comunidade, que são responsáveis pelas respectivas opiniões. O Jusbrasil realiza a moderação do conteúdo de nossa Comunidade. Mesmo assim, caso entenda que o conteúdo deste artigo viole as Regras de Publicação, clique na opção "reportar" que o nosso time irá avaliar o relato e tomar as medidas cabíveis, se necessário. Conheça nossos Termos de uso e Regras de Publicação.
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/as-mulheres-e-o-carcere-torturas-cometidas-contra-presas-no-sistema-prisional-do-brasil/318130608

Informações relacionadas

Stefan Soares, Estudante de Direito
Artigoshá 3 anos

Quais são os poderes disciplinares do diretor de presídio.

Kethelin Ferreira, Advogado
Artigoshá 7 anos

Uma análise da efetivação do direito social de proteção à maternidade e a infância no sistema prisional brasileiro.

Bruno Mendes, Bacharel em Direito
Artigoshá 4 anos

A nomeação ao cargo de Diretor de estabelecimento penal.

21 Comentários

Faça um comentário construtivo para esse documento.

Não use muitas letras maiúsculas, isso denota "GRITAR" ;)

Mais uma vez vejo sentimentos obsoletos, manifestos de paixões cheias de arbítrio e prepotência desta Pastoral carcerária.

A única violência que existe no cárcere, seja masculino, seja feminino, é originada dos próprios presos.

Garanto com todas as letras. Há muito as pastorais carcerárias se dedicam a esses factoides. continuar lendo

Nadir, vc comentou dizendo que A ÚNICA violência e originada dos próprios presos. Sugiro que assista o documentário, que está dentro do texto. Mesmo que discorde, seria muito bom para ampliar as visões.

As violências são inúmeras, desde a forma que as mulheres são algemadas até a retirada dos filhos antes que estes completem os seis meses mínimos de amamentação, a proibição de revista íntima, violando o direito sexual, ou até mesmo tortura para conseguir informações sobre seus parceiros que muitas vezes são os verdadeiros criminosos.

Sobre as pastorais agirem de forma que falseiem a notícia, não posso opinar, mas, sobre as torturas isso basta tirar um minuto para assistir o vídeo na notícia que a opinião pode modificar um pouco.

Abraço. continuar lendo

Boa tarde Camila. Como você deve saber faço parte da Comissão de Segurança Pública da OABSP.

Acompanho de perto, pelo menos aqui em SP, este tipo de denúncias. Posso lhe garantir que são pontuais e que as Pastorais servem a interesses escusos.

Há muitos exageros. Isto não quer dizer que inexistam violações e que tudo corre as mil maravilhas, mas o diabo não é tão feio como ele é pintado.

É sistemático este tipo de denúncia.

Recomendei a postagem exatamente para que as pessoas ampliem a visão sobre o assunto e tirem suas conclusões.

Um abraço. continuar lendo

É só não roubar, não matar, que não serão torturadas! continuar lendo

se a cadeia é tão ruim assim como falam e muita gente querendo entrar... imagine se fosse boa.

a verdade é que não querem trabalhar, só vida mansa.

quem acorde cedo que sustente essa ruma de vagabundos. continuar lendo

Pensei a mesma coisa.

Igual o caso da escrivã da pc investigada pela corregedoria que foi despida para fazer a revista minuciosa, pois ela não se entregava e não devolvia o dinheiro de crime. Dai rede record tentou transforma-la em vitima, que a mulher teve seus direitos feridos frente a decisão de um homem.
Até que a Juíza (mulher) falou que a atitude da corregedoria foi correta conforme manda a lei código de processo penal que prevê essa possibilidade da revista por homem em ultimo caso para não obstruir a diligencia. Dai quando alguem falava que estava certo o procedimento sempre tinha aquela argumento "Queria ver se fosse sua esposa, queria ver se fosse sua mãe" Se ela for criminosa e receber dinheiro para aliviar bandido escondendo na calcinha pode me chamar que ajudo a tirar.

Não quer passar por isso ? Só não cometer crime ! continuar lendo

A pessoa transgride num crime qualquer, é condenado e quer passar o tempo encarcerado num hotel cinco estrelas.

Seria mais salutar se essa Pastoral fizesse também um trabalho social junto as famílias vitimas dessas gentalhas, quantos pais foram mortos por esses elementos, quantas crianças foram expostos as drogar e por ai vai...... continuar lendo

Se tivessem trabalhando honestamente não seriam torturadas. A situação é deplorável é triste, mas nosso país tem tantas barbaridades que precisam ser inibidas que acho um absurdo dispensar forças nessa luta. Vamos primeiro lutar pela dignidade do cidadão de bem... continuar lendo

Cara dra. Camila Vaz, a coisa que mais incomoda em textos como esse é perceber o viés flagrantemente ideológico que o inspira. É perceber a indignação seletiva em relação a situações terríveis e bem antigas. É perceber a indiferença com o horror existente nos estabelecimentos penais masculinos; com a tragédia dos doentes mentais que lotam o sistema carcerário e que deveriam estar internados em hospitais de custódia como determina a Lei de Execucoes Penais; com a baixa efetividade da rede de estabelecimentos socioeducativos. Não podemos concordar com uma militância que quer selecionar temas e causas para serem resolvidas pelo sistema judicial brasileiro, por motivos puramente ideológicos, enquanto outras situações tão ou mais graves são solenemente ignoradas há décadas e relegadas a segundo plano pelas instituições responsáveis pelas soluções desses problemas. Para mim, infelizmente, parece ser essa a configuração da justiça brasileira, nesse alvorecer de século: um ambiente contaminado por ideologias que não visam o bem comum, o avanço do corpo social como um todo; quando muito lutam apenas por determinados seguimentos sociais em detrimento do restante da população continuar lendo