Estupro coletivo no PI: adolescente morreu dentro de cela por falha do Estado, diz promotor
Na última sexta-feira (17), um dos adolescentes envolvido no estupro coletivo de quatro garotas no Piauí foi espancado até a morte pelos jovens também acusados de envolvimento no crime. De acordo com o promotor do caso, Cesário Cavalcante Neto, o adolescente morreu por falha do centro de internação estadual – responsável por comunicar ao juiz sobre a ameaça sofrida pela vítima pelos outros jovens.
— É uma falha terrível, todo mundo sabia de ameaças contra a vítima.
Os quatro jovens estavam no mesmo quarto do CEM (Centro Educacional Masculino) de Teresina e, após uma briga, a vítima foi espancada até a morte. Os adolescentes teriam iniciado a agressão como forma de vingança já que teriam sido “dedurados” pelo garoto.
O diretor da unidade de atendimento sócio educativa Sasc (Secretaria da Assistência Social e Cidadania), Aderlly Lopes, confirmou ao R7 que os adolescentes disseram que o motivo do crime foi vingança.
— Essa delação [da vítima] existiu no início do processo e ficou claro que os quatro tiveram participação no crime.
No entanto, antes de estarem no CEM, os jovens estavam no Ceip (Centro Educacional de Internação Provisória). Lá, o promotor garante que a vítima estava em outra cela dos demais acusados. Ao serem transferidos, a instituição não comunicou ao juiz um relato oficial de que o jovem sofria ameaças.
— Pra mim custa muito assimilar essa história. Eles entregaram o ouro.
Para o promotor de Justiça, Roberto Tardelli, era evidente que colocá-los numa mesma cela ia resultar em tragédia. Era o delator em frente aos delatados.
— Apesar de ser bem complexo, isso é uma atitude de irresponsabilidade do Estado. Era evidente que ia acontecer uma tragédia. Não é possível imaginar que essas pessoas estiveram juntas na mesma cela.
A não-comunicação ao juiz de que o jovem sofria ameaças representa uma falha do Estado na garantia da proteção à vida e um descumprimento do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), de acordo com Tardelli.
Segundo o promotor do caso, os menores infratores do CEM não querem os acusados do estupro coletivo de volta ao centro educacional. Neto diz que eles ameaçam matá-los, caso voltem para a detenção. Por enquanto, por determinação judicial, eles estão no Fórum da 2º Vara, em Teresina.
14 Comentários
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Há muitas falhas do Estado nesse caso: desde o estupro, tortura das meninas, com morte de uma até onde eu saiba ... pois a falta de punição adequada não intimida a prática criminosa: um estupro destrói a vida da garota enquanto os canalhas só pagam 3 aninhos, se mto, de internação .... e na morte desse garoto, que deveria pagar preso e não com a vida.
O Brasil é o país da impunidade, eles torturaram, estupraram, mataram, mataram de novo, e só pegam internação, sequer cometem crime, chamam de ato infracional ... não é bonitinho?
Aí acham que quem comete estas atrocidades, abominada pelos próprios internos e presidiários, merece ser tratado como alguém que roubou uma bola ou uma lata de leite.
Estupro, tortura e assassinato não se justificam com falta de educação ou de condições sociais como mtos querem fazer ... são atos de pura perversidade.
Só o bandido menor se beneficia das leis, não há preocupação em fazer justiça ... para a vítima não há diferença em ser estuprada por alguém de 18 ou de 17 anos, já para o bandido ... continuar lendo
Concordo com você Armpit Lover.
Como fiscal da lei e representante da sociedade, o Ministério Público deveria denunciar falhas do Estado todas as vezes que um cidadão fosse morto pelas ações criminosas desses adolescentes sanguinários.
É claro que ninguém em sã consciência vai concordar com a perversidade cometida (por seus próprios pares) contra esse menor infrator, mas o que me revolta é que não ouvimos (OAB, Direitos Humanos, Ministério Público, etc...) denunciando essas mesmas falhas do Estado em nome das milhares de vítimas de criminosos.
Duvida que agora o foco da imprensa e dos órgãos estatais vão ser todos transferidos para a morte desse menor Infrator, em detrimento das meninas?
É esperar pra ver. continuar lendo
Se o Estado punisse o menor criminoso, ele iria pensar duas vezes antes de reincidir no crime. Como não pune, ele toma gosto e pensa que pode fazer qualquer coisa que nada lhe acontecerá. Prossegue na sua vida criminosa e morre precocemente. Essa é a razão do elevado índice de homicídios contra jovens. O tal ECA, ao tentar proteger o menor criminoso com a impunidade, contribui para que ele tenha uma vida curta. Na verdade, talvez a intenção do Estado seja essa mesmo, se fingir de bonzinho (com a impunidade) sabendo o futuro breve que está reservado para o menor delinquente, o saco preto e a cova rasa. continuar lendo
Temos que parar de chamar quem estupra tortura e mata de "jovens,"adolescentes", temos que chamá-los do que realmente são: Delinquentes, bandidos, monstros, vagabundos, marginais, estupradores, assassinos, etc...
Ele morreu, não por falha do estado, por falha dele mesmo que optou por uma vida fora da lei! Se ele tivesse escolhido trabalhar o invés de estuprar ele não estaria em um centro de internação!
Ele não foi corajoso e forte o bastante para cometer um estupro, um assassinato? Que fosse para proteger sua própria vida!
Não faço apologia à violência e não peço que ninguém pense como eu, mas eu acho é pouco! Deveriam ser todos condenados a morte por espancamento para que pudessem provar um pouco do que fizeram as jovens sofrerem!
O estupro é o pior dos crimes a ser cometido contra uma mulher! temos que tratar os estupradores com um pouquinho mais de rigor!
Só não fico mais estasiado com uma noticia destas, porque quem fez justiça deveria estar junto com a vítima na qualidade de cadáver! continuar lendo
Nossos anseios devem ser sempre por justiça nunca por vingança continuar lendo